Carlos Ruiz Zafón
Perdoem-me amigos, se não tenho nada a
dizer sobre futebol, nem sobre o último escândalo armado pela TV para fazer a
gente se preocupar com eles e dar-lhes mais dinheiro e poder. Passei três dias deliciosamente
mergulhado na leitura do quarto livro do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Marina foi editado pela primeira vez na Espanha
como literatura infanto-juvenil e agora foi relançado para o público adulto. Um
livrinho perfeito, encantador, conta a história de Óscar e Marina, que juntos,
descobrem uma trama cheia de mistério, crimes, criaturas misteriosas, roubo de
cadáveres e muito suspense. Pelas ruas do bairro gótico de Barcelona eles
seguem a trilha do mistério e descobrem o amor e a perda.
Alguns trechos de Marina:
“...Quando ele entrou no Bairro Gótico,
fui atrás. Não demorou para que sua silhueta se perdesse entre pontes
estendidas entre palácios. Arcos impossíveis projetavam sombras dançantes sobre
as paredes. Tínhamos chegado à Barcelona encantada, ao labirinto dos espíritos,
onde as ruas tinham nomes de lenda e os duendes do tempo caminhavam às nossas
costas.”
“A
beleza (da arte) é um sopro contra o vento da realidade”.
“O circo foi a minha escola e o lar onde
cresci. Mas nessa época, já sabíamos que ele estava condenado. A realidade do
mundo começava a ser mais grotesca que as pantomimas dos palhaços e as danças
dos ursos. Em breve ninguém precisaria mais de nós. O século XX tinha se
transformado no grande circo da história”.
Zafón não se limita a ser só um contador
de histórias.
A leitura é um mundo que precisamos aprender a
desbravar. Quem sabe, um dia por semana,
substituir duas horas de TV por um livro?
Não poderias estar em melhor companhia!
ResponderExcluirsds.
Cármen Machado.