segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Números da Feira do Livro de Porto Alegre


Ao encerrar-se a quinquagésima sexta edição da Feira do Livro de Porto Alegre, chega a hora de contabilizar os números. Minhas anotações não são muito precisas e podem variar dois ou trinta por cento  para mais ou para menos, tanto faz. Na banca da Livraria Entrelinhas estávamos entre quatro: Eu, meus filhos Hannah e Carl e a Joice, funcionária da Livraria e aos finais de semana e feriados contávamos com a preciosa ajuda da Marvione e do Carlão da Editora Casa dos Espíritos de Belo Horizonte. Ao todo, em dezesseis dias de feira, recebemos mil trezentos e vinte seis abraços de amigos, e  mil quatrocentos e trinta e dois beijos (aqui pode ter algum erro pois não lembro se contei aqueles de dois beijinhos e até alguns que ainda insistem em três como um só ou não). Comercializamos oitocentas e trinta e duas histórias de amor, e setecentas e vinte seis histórias e contos de terror (aqui também não sou muito preciso,  pois vários dos best-sellers atuais, aqueles de vampiros e vampiras, são uma espécie de mistura do conde Drácula modernizado com aquelas revistas de romance como Júlia, Sabrina e outras). Anotei ainda cento e vinte oito livros de autoajuda,  novecentos e quatro livros espíritas e de espiritualidade, duzentos e trinta e duas histórias infantis e diversos outros gêneros que não anotei de variedades, poesia, biografias e tantos outros. Contabilizei  dois novos amigos de Belo Horizonte, o Marcão e a Marvione que ficarão para sempre em nossos corações. Anotei uma turma de novos amigos dos nossos vizinhos da Editora Rbs, a Claudia, a Melissa, a Samantha, a Sabrina, o Leandro e o Rafael. Marquei em minha planilha de visitantes cento e vinte oito pares de olhinhos encantados, três mil novecentos e setenta e sete pares de olhos experientes e conhecedores do assunto, dois mil quatrocentos e sessenta pares de olhos curiosos.  Perdi as contas lá pela décima oitava hora de poesias recitadas, e esqueci de anotar o tempo durante as histórias infantis, pois estava ocupado demais vendo os sorrisos das crianças. Na minha tabela ainda tinha uma coluna para os acenos de mão, mas parei de marcar X por volta de mil e pouco e deveria ter anotado as saudações de longe: “Terra é Guaíba” que ouvia esporadicamente entre a multidão de mais de um milhão e meio de visitantes da feira do Livro de Porto Alegre. Abandonei a contabilidade quando percebi que não tinha como contabilizar tudo o que acontece na feira do livro, e é impossível reduzir a números tamanha manifestação popular e cultural. Como uma folha no leito de um rio de livros, deixei-me levar pela música, pela poesia, e pela arte dos artistas que como os poetas e escritores, fazem da Feira do Livro de Porto Alegre o mais importante palco para suas criações.

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