quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Marina



Carlos Ruiz Zafón


         Perdoem-me amigos, se não tenho nada a dizer sobre futebol, nem sobre o último escândalo armado pela TV para fazer a gente se preocupar com eles e dar-lhes mais dinheiro e poder. Passei três dias deliciosamente mergulhado na leitura do quarto livro do espanhol Carlos Ruiz Zafón.  Marina foi editado pela primeira vez na Espanha como literatura infanto-juvenil e agora foi relançado para o público adulto. Um livrinho perfeito, encantador, conta a história de Óscar e Marina, que juntos, descobrem uma trama cheia de mistério, crimes, criaturas misteriosas, roubo de cadáveres e muito suspense. Pelas ruas do bairro gótico de Barcelona eles seguem a trilha do mistério e descobrem o amor e a perda.
Alguns trechos de Marina:
      “...Quando ele entrou no Bairro Gótico, fui atrás. Não demorou para que sua silhueta se perdesse entre pontes estendidas entre palácios. Arcos impossíveis projetavam sombras dançantes sobre as paredes. Tínhamos chegado à Barcelona encantada, ao labirinto dos espíritos, onde as ruas tinham nomes de lenda e os duendes do tempo caminhavam às nossas costas.”
      “A beleza (da arte) é um sopro contra o vento da realidade”.
      “O circo foi a minha escola e o lar onde cresci. Mas nessa época, já sabíamos que ele estava condenado. A realidade do mundo começava a ser mais grotesca que as pantomimas dos palhaços e as danças dos ursos. Em breve ninguém precisaria mais de nós. O século XX tinha se transformado no grande circo da história”.
       Zafón não se limita a ser só um contador de histórias.
                A leitura é um mundo que precisamos aprender a desbravar. Quem sabe, um dia por semana, substituir duas horas de TV por um livro?

Um comentário:

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